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O por que da divisão do Mato Grosso

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Há uma tendência no Brasil de se considerar apenas o estado de São Paulo como suficientemente desenvolvido. Em contrapartida, outras regiões do país tornaram-se esquecidas e, de certo modo, independentes. O Estado de Mato Grosso do Sul é uma demonstração dessa propensão, se observarmos que seu desmembramento do território de Mato Grosso ocorreu por razões pouco consistentes e baseado em ideais políticos. Não existem comprovações de que a divisão que originou o Mato Grosso do Sul, em 1977, tenha trazido mais benefícios que malefícios para a população do estado, e isso demonstra que a atitude foi tomada devido aos interesses de determinados grupos políticos, sem o verdadeiro consentimento dos cidadãos. Para Marisa Bittar, doutora em História da Universidade Federal de São Carlos, a ação foi “articulada aos interesses geopolíticos da ditadura militar que, então, de cima para baixo, sem consulta às duas populações interessadas – do norte e do sul – dividiu Mato Grosso”. Ainda d

No mundo moderno, interesses profissionais se sobressaem aos pessoais...

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Devido ao crescimento e à estabilidade da economia brasileira nos últimos anos, cada vez mais os profissionais atuantes no mercado de trabalho dispensam mais tempo às tarefas do encargo que ocupam, pois acredita-se que é essa alta produtividade que gera lucros e atende as expectativas da empresa. Mas e as perspectivas pessoais, acompanham todo esse empenho profissional? E, até que ponto a carreira é um investimento pessoal? São essas as questões levantadas na edição 1027 (31/10/2012) da revista EXAME, em sua reportagem de capa, baseada em uma pesquisa da consultora Betânia Tanure. A pesquisa aponta que os executivos brasileiros gastam hoje mais de 14 horas diárias com o trabalho. Em 2006, eram 13 horas. A quantidade de executivos que trabalham em todos os fins de semana saltou de 26% para 85% e as férias de 30 dias já se tornaram um luxo dispensável para a maioria. Muito embora, o estudo da nossa reportagem tenha sido direcionado aos executivos brasileiros, essa é uma tendênci

O cálculo da poupança mudou, mas e daí?

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Se você não entende de economia e sempre preferiu a garantia do retorno – mesmo que mínimo – das suas aplicações, é provável que costume investir seu dinheiro na poupança, certo? Mas após a nova medida provisória do Banco Central, em que a taxa Selic foi atrelada ao cálculo da renda financeira daquele que era o investimento mais estável do país, é possível que você esteja revendo sua posição. Até o dia 4 de maio, o critério de remuneração da poupança era de 5% ao mês (ou 6,17% ao ano) mais variação da Taxa Referencial (TR) – índice do governo para calcular o rendimento de diversos investimentos. Ou seja, se uma pessoa tinha mil reais aplicados na poupança, após um mês, teria pelo menos 1.005 reais, rendimento de 5 reais mais a variação da TR. Com a nova regra, s empre que a Selic for igual ou menor a 8,5%, a remuneração da poupança será de 70% da Selic mais a TR. Ou seja , com a Selic a 8,5%, a poupança terá rendimento de 5,95% ao ano mais a TR, totalizando 6,17%. Portanto s

Polícia brasileira: Eficiente ou justiceira?

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As Polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária e Ferroviária Federal e o Corpo de Bombeiros são as organizações policiais que compõem a segurança pública no Brasil. A função dessas corporações é trabalhar a favor da população, mantendo a ordem e fazendo cumprir as leis estabelecidas no país. Todavia, as atuações dessas polícias são mais efetivas no campo da prevenção ou da punição? Com a quarta maior população carcerária do mundo e um sistema prisional de superlotação, nota-se que essas corporações deixam a desejar em ambos os aspectos. Ainda que as atuações preventivas (orientações sobre as leis) sejam recorrentes, o fato de os policiais, em sua maioria, cobrarem respeito impondo o medo, resulta em uma distância danosa entre os agentes da segurança e a sociedade. Essa relação pode ser danosa porque muitos cidadãos têm receio de procurar a orientação de policiais. Ou, em casos de abuso de poder, não sabem a quem recorrer para denunciar. Já a punição deixa a desejar qua

CRACK: UMA NOVA PERSPECTIVA

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Uma das drogas mais baratas disponíveis no mercado ilegal, o crack tornou-se uma alternativa fácil para muitos brasileiros. E é com essa realidade que trabalha a ONG “É de Lei”, na Cracolândia, em São Paulo. Deixando de lado o maniqueísmo, a ONG desenvolve ações de redução de danos, oferecendo melhores condições para usuários e frequentadores do local. Se você já se perguntou qual seria a razão para tantas pessoas usarem crack, saiba que os motivos podem ser muito mais profundos do que se imagina. Para entender efetivamente o que ocorre na Cracolândia, é preciso analisar a relação do Homem com as drogas, mais que isso, é necessário definir o termo. Qualquer substância psicoativa – que altera o sistema nervoso central – é considerada droga. Dessa forma, um remédio para dor de cabeça, um chá calmante e o café que mantém acordado, são drogas, pois alteram o organismo humano. Percebendo isso, é notório também que nós, seres humanos, utilizamos dessas substâncias diariamente

"A fuga das Sacolinhas"

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Ir ao supermercado normalmente já não é legal, mas ter feito isso no dia 5 de abril de 2012 foi bem pior. Entrei no mercado e não notei nada de diferente. Pessoas atrasadas, crianças fazendo drama para conseguir o melhor ovo de páscoa, mulheres pegando absorvente de última hora, gente atrasando a fila. E até ouvi alguém comentar no caixa: “Como assim, não tem sacola?”. Na hora achei estranho, mas nem me toquei do que se tratava.

Promoção: compre um produto e leve uma sacolinha por apenas 0,19 centavos

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  Sou a favor do contrabando de sacolinhas plásticas, o que não seria um crime, já que não foi aprovada nenhuma lei que impeça a distribuição delas. Não mesmo. Nem nos supermercados. O que aconteceu na verdade, foi uma tentativa da aprovação de uma lei municipal, proposta pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PDS) (em um dia de crise, achando que as sacolinhas dominariam o mundo), que foi rejeitada pelo Tribunal de Justiça e encaminhada, após recurso, para o STF, no qual ainda não foi julgada. Oras, então porque eu tenho que carregar minha compra como se eu estivesse roubando? Por causa de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e a Associação Paulista de Supermercados (Apas), no dia 4 de abril. Ou seja, os supermercados super preocupados com a preservação do Meio Ambiente – ou com a redução de gastos, como preferir – aderiram ao acordo e não irão mais fornecer sacolas gratuitamente, nem plásticas nem de papel. Sim, se vo

Mas tudo bem...

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É sabido que as coisas por aqui não andam bem. O Brasil tem vícios que carrega há alguns séculos e dos quais nem tenta se livrar. Dependências quase biológicas, alimentadas de geração em geração. No mundo, o “jeitinho brasileiro” é bastante conhecido, mas por aqui pouco o percebemos, afinal, está enraizado. Tentamos nos livrar dos altos impostos com algumas artimanhas, mas tudo bem, nos são cobrados os impostos mais abusivos do mundo. Agradamos os professores porque precisamos de nota, mas tudo bem, o sistema educacional está acima das nossas capacidades mesmo. Furamos a fila no banco porque temos pressa, mas tudo bem, afinal, porque a fila tem de ser tão longa? Fazemos contas que não pretendemos pagar, mas tudo bem, não temos culpa se o salário é tão pequeno. Viramos políticos para melhorar o país, mas quanto se ganha por essa ideologia? É, talvez seja melhor deixar como está. Fingimos não ver os problemas da situação educacional, social, da saúde. Mas se

Sua vida gira em torno... Do dinheiro

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          Odeio dinheiro. E não há nada pior do que depender tanto de algo que você não suporta. É como depender da sua sogra. Irrita-me perceber o quanto o dinheiro influencia minha vida. Não posso viajar porque não tenho grana. Não posso me casar, adivinha por quê? Porque não tenho um noivo, mas se eu tivesse, a falta de dinheiro me impediria do mesmo jeito.        Tudo que fazemos ou deixamos de fazer está ligado aquelas cédulazinhas-cheias-de-si. Mesmo que você tenha todo o seu orçamento planejado e seja uma pessoa super controlada, não muda nada. Se você bate o carro, o conserto já está fora do orçamento. Isso me faz pensar que a culpa também é do acaso. Esta aí uma dupla de inimigos de peso.           Se você não tem grana sua vida é vazia. Seu estomago é vazio. Sua casa (se é que tem uma) é vazia. Seu carro... Não, você não tem carro. Ai você estuda e trabalha a vida toda e quando passa a ocupar um lugar na classe média, passa também a ser um tremendo mão-de-vaca e, com

Urnas Eletrônicas são confiáveis?

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         As urnas são. Quem as opera é que talvez não. Abaixo há um vídeo de uma reportagem feita pelo Jornal da Band, que apresenta denúncias de que as eleições de 2008, em Caxias - MA, teriam sido fraudadas. Há também, outro vídeo com uma simulação de como tornar um determinado candidato vencedor, através de um código e um procedimento simples. Há muitas opiniões e informações sobre o assunto na internet, porém não há fatos ou unanimidade a respeito da real segurança (ou ausência dela) da urna eletrônica. Países como Alemanha e Estados Unidos não aderiram à urna eletrônica em suas eleições, especialmente por considerarem o equipamento e seu sistema bastante falhos (inseguros). Embora tenhamos acreditado por muito tempo que o motivo seria o orgulho desses países em render-se à nossa tecnologia. Segundo uma fonte com amplos conhecimentos na área de informática, é totalmente possível criar um software capaz de burlar o eleitor. Ou seja, a urna mostra uma informação

A Legalização do Aborto não quer dizer que ele seja legal!

       Sou totalmente contra o aborto. Contra a falta de humanidade de pessoas que se desfazem de bebês. Contra, principalmente, por meus princípios religiosos. Mas também não condeno quem o faz, cada um que dê conta de seus atos. Por esse motivo, sou a favor da legalização do aborto. Contraditório? Não. Esclareço.        O aborto sendo ilegal no Brasil ocorre cerca de 1 milhão de vezes por ano. Proibi-lo me parece o mesmo que tampar o sol com a peneira ou fugir de um grave problema. Acredito que se houvesse a legalização o número de casos poderia ser bastante reduzido.        Analise comigo: Se o aborto fosse legal, teria de ser adotado pelo sistema público de saúde, certo? Nesse caso, os médicos não receberiam nada além do salário para fazer o procedimento, consequentemente as mulheres não teriam motivo para ir a um médico clandestino pagar um alto preço por um serviço carniceiro. E não teriam tantos danos á própria saúde.     Por outro lado, os médicos também não receberiam

Direção Violenta

         A violência e as mortes ocorridas no trânsito brasileiro já se tornaram um problema em nível de calamidade pública, a partir do momento que deixaram de ser uma preocupação apenas de grandes metrópoles e passaram a ser de todas as cidades do país. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o índice de mortes no trânsito no Brasil, em 2008, foi de 32.465 pessoas Todavia, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, esse número foi ainda maior, por volta de 37.585 mortos. A realidade é mais assustadora se levarmos em conta que morre quatro pessoas por hora ou cem mortos por dia no trânsito brasileiro. Os motivos para tantos acidentes são exatamente aqueles exemplos que aprendemos, ainda na autoescola, a não seguir, ou seja, a mistura de bebida alcoólica e direção – por esse motivo foi aprovada em junho de 2008, a “Lei Seca” que fez com que diminuíssem as incidências de mortes - o cansaço, o desrespeito a sinalização, a imprudência dos motoristas, o excesso

A Polícia injusta

      Já faz algum tempo que eu estava querendo comentar aqui no blog sobre o livro “Rota 66, a polícia que mata”, publicado em 1992 e escrito pelo jornalista Caco Barcellos. O livro retrata um assunto de importância pública para os paulistas: As atuações da Polícia Militar (PM) na cidade e no Estado de São Paulo.       Caco Barcellos investigou as ações arbitrárias da PM, durante e pós Ditadura, dos 70 aos 90. Em 1975, Caco criou um Banco de Dados no qual continha dados de todos os supostos bandidos mortos pela PM, pessoas que nem sempre eram realmente bandidos e que quando podiam ser considerados criminosos quase nunca eram levados à delegacia, eram simplesmente mortos pelos PMs. Assassinados brutalmente na frente de familiares e conhecidos.      Com o Banco de Dados, Caco Barcellos descobriu que as pessoas que os PMs mais matavam eram de baixa renda, com pouco ou nenhum estudo, pardos ou negros e, em sua maioria, jovens.      Nesse Banco de Dados, ao final do livro, no an

Show de bola fora do campo!

       Dunga e a comissão técnica deram um show ontem na comitiva de imprensa dada logo após a convocação da seleção para a copa. Não só sobre futebol, mas sobre humanismo, patriotismo e até mesmo sobre imprensa. Dunga ensinou e surpreendeu até aos mais experientes jornalistas a respeito de um trabalho que estes deveriam ter aprendido em suas faculdades.         A função da imprensa é ser crítica sim, o que não significa apenas criticar, e sim saber analisar os acontecimentos e questioná-los, porém fazer isso de forma respeitosa e tendo conhecimentos amplos sobre o assunto. O que não se viu na coletiva hoje, por parte da imprensa, pois esta fez perguntas repetitivas e com tons de ironia e até desrespeito, esquecendo-se de seu encargo, de obter informações claras e objetivas e transmiti-las aos telespectadores, sem impor suas próprias opiniões.        Acostumada a lidar com técnicos que falam pouco ou que não sabem o que dizem, a imprensa esbarrou em sua própria falta de experiência e d

Violência. Mais um problema social do país.

      Uma das maiores preocupações atuais do Brasil é a violência. Um problema que cresce e se expande cada dia mais e assusta toda a população de um país, matando inocentes e traumatizando os que têm a sorte de sobreviver.       Porém o fato mais surpreendente nesse caso é que a maioria desses criminosos são os jovens, o que faz deles, ao mesmo tempo, vitimas e vilões dessa situação, justamente em uma idade em que deveriam desfrutar, apenas, de educação, saúde e lazer.      Com pais mal orientados, com pouco estudo, que vivem em uma situação precária e muitas vezes já estão envolvidos em crimes, esses jovens não têm instrução ou incentivo de ir à escola, o que os levam a se envolver com drogas, bebidas e com o crime. Esses jovens roubam, traficam e ate matam como adultos e não se sentem mal por isso, pelo contrário, se sentem como vingadores a uma sociedade injusta que não lhes deu oportunidades e nem a seus pais. Por outro lado, há também, adolescentes de classe media que não têm os