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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Rindo da desgraça em: ‘Feliz Ano Velho’, de Marcelo Rubens Paiva

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Tinha tudo para ser uma história dramática, dessas que passam uma lição de vida, mas ao mesmo tempo nos deixa tristes. E seria, se fosse escrita por alguém com uma visão simplista da vida. Mas a autobiografia de Marcelo Rubens Paiva, lançada em 1982 e intitulada “Feliz Ano Velho”, é um livro de puro humor e é capaz até de fazer parecer que ficar paralisado aos 20 anos de idade - por razão de um ato imprudente - é algo bacana. Talvez isso possa soar exagerado. Mas é assim que Paiva conta sua dramática história após pular num rio e bater a cabeça. Desde as primeiras linhas do livro, o autor utiliza de uma linguagem simples e cômica para descrever o acidente. Com seu jeito instigante, ele narra os pensamentos e emoções que lhe passaram pela cabeça no momento da colisão, em que pensou que morreria. A partir daí, quando a história deveria ficar cada vez mais tensa, fica, na verdade, mais engraçada. Paiva conta sua estadia no hospital, as visitas que recebeu, o modo como se se

Ajude seus avôs a lerem a bula

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Visitar os avôs é como estar no presente e dar uma volta no passado. No seu, no da sua família. É descobrir que seus pais faziam muito daquilo que te impedem de fazer hoje e que, sim, eles também são frágeis. Seus avôs são capazes de falar por horas de parentes que você nunca viu na vida. São eles que vão contar como foi a sensação de ouvir um rádio pela primeira vez ou de como era ruim a vida sem energia elétrica. Em algum momento da visita, você vai notar que eles reclamam muito sim, mas têm motivos para isso. Afinal, as dores são muitas e as saudades... Ah, essas nem se fala. São eles que vão trocar seu nome pelo de algum outro neto ou pelo de um filho, e você nem vai se chatear, porque saberá que é sempre por excesso de amor. São eles que vão te incentivar a estudar e trabalhar. Mas mesmo sem dizer, eles te farão entender, que apesar da independência ser muito boa na juventude, todos precisam de um amor de verdade ou pelos menos de uma companhia, porque a velhice é um

Passando de ano aos trancos e barrancos...

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            Fim de semestre é aquela coisa né? Todo mundo correndo atrás de nota, paparicando professor, fazendo trabalho atrasado, exame. Enfim, tudo que não foi feito o ano inteiro precisa ser feito no último mês de aula. E por que não fazer tudo isso na ordem cronológica? Simples: Porque perde toda a graça. Esse é o lado aventureiro de estudar. Você vê aquele nerd se matar de estudar o ano inteiro e passar de ano. Legal, ele merece. Mas você que, com absoluta certeza, não merecia se quer obter a nota média, acaba sendo aprovado e com méritos. Qual é a maior prova de inteligência?                         Primeiro: sempre há aquele professor muito gente boa, como pessoa, porque como professor é merecedor de algum tipo de enforcamento, justamente por não estar nem ai para o fato de você precisar de nota. Ele não liga se você tem filho pra criar, tem dois empregos e está desesperadamente tentando concluir uma faculdade para, quem sabe, melhorar de vida ou se é simplesmente