Polícia brasileira: Eficiente ou justiceira?
As Polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária e
Ferroviária Federal e o Corpo de Bombeiros são as organizações policiais que
compõem a segurança pública no Brasil. A função dessas corporações é trabalhar
a favor da população, mantendo a ordem e fazendo cumprir as leis estabelecidas
no país. Todavia, as atuações dessas polícias são mais efetivas no campo da
prevenção ou da punição?
Com a quarta maior população carcerária do mundo e
um sistema prisional de superlotação, nota-se que essas corporações deixam a
desejar em ambos os aspectos. Ainda que as atuações preventivas (orientações
sobre as leis) sejam recorrentes, o fato de os policiais, em sua maioria,
cobrarem respeito impondo o medo, resulta em uma distância danosa entre os
agentes da segurança e a sociedade.
Essa relação pode ser danosa porque muitos cidadãos
têm receio de procurar a orientação de policiais. Ou, em casos de abuso de
poder, não sabem a quem recorrer para denunciar. Já a punição deixa a desejar
quando um policial não aplica as penas de acordo com o que determina a lei. É o
caso de agentes que matam criminosos, fingindo legítima defesa quando, na
verdade, estão fazendo “justiça” com as próprias mãos, simplesmente por se
acharem com esse direito.
Grande parte dos policiais brasileiros parece
desconhecer os direitos humanos, embora seja para garanti-los que exista a
aplicação das leis e suas respectivas condenações para os malfeitores e, por
consequência, a função do agente de segurança. Todavia, embora haja certa culpa
por parte de policiais, é claro que a responsabilidade por atitudes erradas é da
Corporação e dos conceitos desenvolvidos nela.
Da mesma forma que a superlotação das prisões é
competência do Governo e do Poder Judiciário e não pode ser resolvida
exterminando-se bandidos. É preocupante que no Brasil a Justiça não seja capaz
de julgar os crimes com rapidez e eficácia e que o Estado não se preocupe em
desenvolver um sistema prisional que possibilite a um criminoso mudar de vida.
Enquanto injustiças acontecerem e detentos não
tiverem uma reeducação de cidadania e trabalhos funcionais dentro da prisão –
já que os gastos com presos são altíssimos e sem retorno para o Estado – as
esferas policias existentes terão motivos para serem ineficazes, com uma
quantidade crescente de criminosos e uma população apática.
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