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Brasileiro tem criatividade nata, mas falta apoio para os inventores

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        Até conhecer o trabalho de Paulo Gannam, eu nunca tinha pensado que inventor poderia ser uma profissão. De fato, esse potencial inventor não é muito difundido no ensino brasileiro e nós não somos estimulados a criar soluções criativas para problemas cotidianos. Por isso, quem investe nessa área tende a se destacar, mas enfrenta dificuldades para transformar suas ideias em algo concreto. A entrevista com Gannam é uma boa forma de conhecer mais sobre esse universo e ajudar a divulgar um trabalho diferenciado e necessário. Paulo Gannam Paulo Gannam é formado em jornalismo pela Universidade de Taubaté e especialista em dependência química pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos em Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Já teve alguns trabalhos nessas áreas (assessoria de imprensa, auxiliar em centro de recuperação de dependentes químicos e depois supervisor de Censo pelo IBGE), mas nos últimos quatro anos tem se

Existe amor em São Paulo

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São Paulo me transborda. Para uma garota do interior, a diversidade cultural da maior metrópole do país é fascinante. Apesar de ter nascido em Sampa, tive poucas oportunidades de desbravar a imensidão dessa cidade. Há anos planejava fazer um tour cultural por São Paulo e, graças a alguns fatores, essa oportunidade se tornou possível. É nesse ponto que deixo um sincero agradecimento a um grande amigo que finalmente tive o prazer de conhecer pessoalmente, Emilio Coutinho, fundador do Casa dos Focas , um projeto pelo qual tenho enorme admiração. Emilio gentilmente aceitou ser meu guia turístico e assim pudemos admirar um pouco da arte paulistana. Infelizmente, conhecer todos os pontos culturais de São Paulo em apenas um dia é humanamente impossível. Apesar disso, conseguimos visitar alguns dos mais interessantes lugares turísticos da capital. Dentre eles, a Estação da Luz , a Pinacoteca , o Museu da LínguaPortuguesa , o prédio dos Correios , o Mosteiro de São Bento , a Avenida Pa

Futebol brasileiro: quem vive de passado é museu

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Em entrevista ao programa Bola da Vez , da ESPN Brasil, exibido nessa terça-feira (7), o jogador do Barcelona, Daniel Alves, deu um show de bola e mostrou que futebol é muito mais do que conquistar cinco Copas do Mundo. Há quase oito anos no time da Espanha, Daniel comprova o fato de que o futebol brasileiro está ultrapassado e que, muitas vezes o conceito de nós, torcedores, a respeito dos jogadores é equivocado. Daniel Alves revelou que Josep Guardiola , considerado o melhor técnico do mundo e responsável pelas vitórias do Barça nos últimos anos, se ofereceu para treinar a seleção brasileira para a Copa de 2014, mas foi vetado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Informação que certamente fez o coração de muitos fanáticos por futebol tremer e questionar: Por quê? O próprio jogador responde: “Ficaram com receio de que os brasileiros não aceitassem um técnico de fora treinando a seleção”. A indagação do jogador quanto a essa afirmação reflete muito a minha opinião e

Política é profissão?

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O movimento Fim do Político Profissional (FPP) é uma iniciativa que pretende mobilizar os brasileiros para uma causa realmente nobre: estabelecer uma nova forma de governar. Fundado pelo jurista e professor Luiz Flavio Gomes* com o Instituto AvanteBrasil , o movimento apresenta a proposta de reduzir o tempo de mandato dos políticos e limitar o número de reeleições. Na prática, os representantes do Poder Executivo terão direito a apenas um mandato e os legisladores dois, no máximo. O propósito do projeto é evidente frente a uma constatação: no Brasil política é profissão. O Sarney que o diga. Esse fato facilita e viabiliza as tão conhecidas maracutaias do nosso sistema democrático. A cada mandato, o candidato eleito conquista novas parcerias e assume novas promessas, que serão cumpridas após a reeleição, caso os parceiros colaborem para obterem retorno no futuro. E esse ciclo vicioso permanece ao longo dos anos, tornando o político invencível e bastante atrelado aos interess

Puro clichê!

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Reprodução Poucas coisas me incomodam tanto quanto os clichês, por isso tenho demorado a postar textos aqui no blog. Penso em escrever sobre as dificuldades da fase adulta: que crescer não é fácil e te obriga a optar por trilhar caminhos rotineiros e, no futuro, ter de lidar com as frustrações ou realizar sonhos e sofrer as consequências da incompreensão alheia. Mas isso tudo é tão óbvio que mudo de ideia e tento explanar sobre as dificuldades de se adquirir determinados conhecimentos depois de certa idade. Como aprender um novo idioma, por exemplo. Eu sei, os assuntos não têm nada a ver um com o outro, mas combinam com minha mente perambulante. Mas essa complexidade é corriqueira também. Quem nunca? Depois eu resolvo escrever sobre relacionamentos. Faz tempo que ensaio pensamentos sobre a amizade, sobre o amor de mãe ou de como é maravilhoso ser tia, mas a respeito desse último item, a Ruth Manus já escreveu um texto perfeito, e não atingir o mesmo nível sentimental e de c

Luto no Facebook

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Confesso a minha dificuldade em compreender as pessoas que compartilham seus lutos no Facebook. Talvez eu seja antiquada, mas sou de uma época em que certos sofrimentos precisavam ser sentidos em silêncio, especialmente a morte de um familiar ou amigo. Mas em uma era em que sofrer é inaceitável, a não ser que a sua dor seja digna de compaixão e respeito unânimes – como só a morte pode realmente ser – o luto é justamente a única dor com permissão para ser divulgada. Quanta ironia.                          Uma prática que nos estimula a compartilhar detalhes das nossas vidas com pessoas que conhecemos pouco ou sequer conhecemos. E essa atitude influencia muitos a anunciarem também as tristezas da vida. Não há problema nenhum nisso quando se trata de determinados momentos ruins, mas o que se espera de uma pessoa enlutada é luto. E luto é sofrer uma dor tão intensa que é capaz até de nos tirar de órbita, mas não do Facebook? O significado do luto é o respeito à morte, ao silê

Um amor de fã

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Blog Memes Metaleiros Os fãs nunca foram tão próximos de seus ídolos. Nem tão apaixonados. Confesso que o fanatismo é algo que me intriga. Admiro algumas pessoas, normalmente por seu caráter e trabalho desempenhado, e tento acompanhar um pouco do que fazem, mas não venero ninguém. Gostaria muito de conhecer alguns pensadores e especialistas contemporâneos e poder contar-lhes a minha admiração e impressão a respeito dos assuntos sobre os quais discorrem e debatem em blogs, livros, vídeos e programas de TV. Mas em hipótese alguma eu diria a eles a seguinte frase: Te amo! Só de ler a sentença já soa estranho não? E, exatamente por isso, não compreendo porque pessoas que veem seus ídolos uma única vez na vida podem pronunciar algo tão sério. Das duas uma: ou é muita carência ou amar se tornou pura superficialidade. Não interessa se o indivíduo acompanha diariamente a vida de uma personalidade, se sabe até quem são seus amigos, sua comida preferida ou o que gosta de fazer no tem