Aquela coisa de racismo
Não existe racismo no Brasil. Ou talvez haja hipocrisia suficiente para mascarar a discriminação racial. O nosso modelo de racismo é típico de um país democrático pós- escravidão , em que os negros foram tratados como inferiores por séculos até que foram libertos e entregues à própria sorte. Da noite para o dia o escravo passou a ser gente e aqueles que não acreditassem nisso podiam ser legalmente punidos. Sendo assim, para autopreservação, muitos “brancos” foram obrigados a fingir o respeito e a consideração pelo negro. Diferindo, portanto, do racismo praticado nos Estados Unidos, em que brancos e negros impõem a si mesmos e as suas culturas em pé de igualdade. Dos brasileiros, 50,7% são negros, de acordo com o Censo do IBGE de 2010, ou seja, mais da metade da população se autoconsidera parda ou negra (ops, preta). Mais exatamente: dessa metade, apenas 15 milhões se declaram pretos, enquanto 82 milhões se classificam como pardos. Será que esses dados não encobrem certa ...