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“Pensamos que a África é um continente de fome e miséria, e que há leões andando soltos pelas ruas...”

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Após uma estadia de três meses em Petrória, África do Sul, Carla Caroline da Silva, estudante de Direito na UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), na cidade de Três Lagoas, conta quais foram as dificuldades enfrentadas no exterior, quais seus objetivos durante a viagem, o modo como o Brasil ainda é visto lá fora e o que os conhecimentos recentemente adquiridos vão acrescentar ao seu trabalho voluntário no encaminhamento religioso de crianças e jovens e à sua carreira profissional na área de Direito. Andreza Galiego - Como você vê a burocracia brasileira a respeito de viagens internacionais? E a africana? Carla da Silva - Eu não enfrentei muita burocracia para obter a documentação necessária da viagem, mesmo porque o Brasil e a Àfrica do Sul têm um acordo diplomático na concessão de vistos para visitantes durante o período de três meses. No entanto, por causa de um erro da contagem de dias do meu visto, saí da África do Sul com uma multa a ser paga na em

Promoção: compre um produto e leve uma sacolinha por apenas 0,19 centavos

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  Sou a favor do contrabando de sacolinhas plásticas, o que não seria um crime, já que não foi aprovada nenhuma lei que impeça a distribuição delas. Não mesmo. Nem nos supermercados. O que aconteceu na verdade, foi uma tentativa da aprovação de uma lei municipal, proposta pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PDS) (em um dia de crise, achando que as sacolinhas dominariam o mundo), que foi rejeitada pelo Tribunal de Justiça e encaminhada, após recurso, para o STF, no qual ainda não foi julgada. Oras, então porque eu tenho que carregar minha compra como se eu estivesse roubando? Por causa de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e a Associação Paulista de Supermercados (Apas), no dia 4 de abril. Ou seja, os supermercados super preocupados com a preservação do Meio Ambiente – ou com a redução de gastos, como preferir – aderiram ao acordo e não irão mais fornecer sacolas gratuitamente, nem plásticas nem de papel. Sim, se vo

“Uma vez político, sempre político”

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Aos 21 anos, metido à jornalista – como se considera – Adilson Selvano, já foi proprietário do bataguassuemfoco.com.br , site de notícias mais acessado de Bataguassu, município com 20 mil habitantes, no estado de Mato Grosso do Sul. A viagem diária de quatro horas – duas de ida e duas de volta – até a faculdade o obrigou a deixar a graduação de jornalismo. Com perfis em redes sociais, católico praticante, petista assumido e atualmente assessor de imprensa da prefeitura de sua cidade, Adilson mostra que apesar da pouca idade, já tem engajamento político e comprometimento social. Andreza Galiego - Por que você se considera um “metido a jornalista”? Adilson Selvano - Não sou formado em Comunicação Social , porém desempenho, ou pelo menos tent0 (risos), desempenhar a função de jornalista. Então nada melhor para me definir: metido à jornalista. AG - Por motivos pessoais, você teve que interromper a graduação de jornalismo. Mas ainda assim trabalha na área como assesso

O PSDB rumo à Presi(deca)dência

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O PSDB já foi um partido poderoso, capaz de ditar o que era melhor para o Brasil. Não é mais. Embora ainda divida o poder com o PT, há muito deixou de influenciar, ao menos, a opinião pública. Uma boa hipótese para isso é a incompetência, talvez gerada pela acomodação. Hoje, o PSDB é um partido incapaz de apresentar um trabalho eficiente seja como situação seja como oposição. José Serra é a representação perfeita de um partido totalmente desnorteado e desprovido de ideologia. Serra tanto quanto o PSDB, faz o possível para se manter no poder, seja municipal, estadual ou federal, de grêmio estudantil à presidência. As recentes notícias demonstram que “largar o osso” não é a intenção de Serra que já ocupou diversos cargos políticos - todos em São Paulo. Dessa vez ele foi eleito, na prévia do partido, com 52,1% dos votos, para ser pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Entre Prefeitura e Governo, o PSDB está no poder de São Paulo há quase 20 anos e supõe-se que nesse

Foca: Minha nada mole vida de estagiário

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Todo mundo sabe que estagiário sofre. Não tanto quanto o querido Murilo Gun descreve em seu vídeo  genial 'Entrevista com Estagiário'*, mas certamente é algo próximo daquilo. Deixando as ironias de lado, se um estagiário comum passa perrengues, um estagiário de jornalismo então, faz doutorado em sofrimento enquanto ainda cursa a graduação Com a velha desculpa de que jornalista tem que aprender desde cedo que a profissão não é mamão com açúcar, os empregadores abusam dos pobres coitados que, além de escolherem essa merda de carreira, ainda precisam fazer das tripas coração e cérebro para não deixar a desejar nas 3.567 tarefas diárias. Um estagiário comum pode passar apertos enquanto está no trabalho, mas um de jornalismo não tem um horário de trabalho muito bem definido. Teoricamente seriam seis horas diárias, porém o pobre coitado sempre depende da boa vontade alheia, que esta mais para má vontade do que boa. Jornalistas dependem de fontes, portanto mesmo que o

Cracolândia: O dia em que o Governo agiu, mas não resolveu

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         Claramente, a atitude do Governo do Estado de São Paulo em conjunto com a Polícia Militar de realizar uma “limpeza” na Cracolância - desde o dia 3 de janeiro - é drástica. Denominada de “ Ação Integrada Centro Legal”, o ato tem intenção de combater o caos que se instalou na região central de São Paulo - ninguém sabe ao certo desde quando, mas que tem se intensificado na última década - em que centenas de pessoas passam os dias consumindo crack.             O Governo, depois de anos sendo espectador do teatro dramático composto por pessoas reais que mesmo sem amparo social não optaram pelo crime propriamente dito, (embora o uso e tráfico da droga sejam ilícitos), resolveu reagir. Como em um passe de mágica adquiriu recursos e fez algo para alterar a situação. Mesmo drástica, já é uma atitude inesperada, principalmente para os paulistanos que já se acostumaram com a circunstância. Inicialmente fui a favor das ações, especialmente porque as autoridades tiveram o cuidado

A responsabilidade do jornalista

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O jornalista é muito mais responsável pela sociedade em que atua do que se imagina. Em um país como o Brasil em que existe um jornalismo político, por exemplo, é possível notar as razões de uma população tão alienada de seus direitos e deveres. A política do poder reina nessas terras desde o tempo da descoberta e isso impediu que brasileiros conhecessem um jornalismo que se importa com o povo. A responsabilidade do jornalista não é mostrar os fatos de forma imparcial, peca-se por levar isso a sério. Além de noticiar a realidade, o profissional precisa ter um lado, o lado da justiça. É essa posição que diferencia os jornalistas que mudaram alguma coisa daqueles que só transmitiram os fatos. No Brasil, a Ditadura Militar foi um dos poucos momentos em que o jornalismo teve uma função social de verdade. Ironicamente, foi a época em que jornalistas não tinham direito de expressão e por isso tiveram de lutar. Conseguiu-se acabar com o sistema, mas também exterminaram o motivo qu