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Cracolândia: O dia em que o Governo agiu, mas não resolveu

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         Claramente, a atitude do Governo do Estado de São Paulo em conjunto com a Polícia Militar de realizar uma “limpeza” na Cracolância - desde o dia 3 de janeiro - é drástica. Denominada de “ Ação Integrada Centro Legal”, o ato tem intenção de combater o caos que se instalou na região central de São Paulo - ninguém sabe ao certo desde quando, mas que tem se intensificado na última década - em que centenas de pessoas passam os dias consumindo crack.             O Governo, depois de anos sendo espectador do teatro dramático composto por pessoas reais que mesmo sem amparo social não optaram pelo crime propriamente dito, (embora o uso e tráfico da droga sejam ilícitos), resolveu reagir. Como em um passe de mágica adquiriu recursos e fez algo para alterar a situação. Mesmo drástica, já é uma atitude inesperada, principalmente para os paulistanos que já se acostumaram com a circunstância. Inicialmente fui a favor das ações, especialmente porque as autoridades tiveram o cuidado

A responsabilidade do jornalista

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O jornalista é muito mais responsável pela sociedade em que atua do que se imagina. Em um país como o Brasil em que existe um jornalismo político, por exemplo, é possível notar as razões de uma população tão alienada de seus direitos e deveres. A política do poder reina nessas terras desde o tempo da descoberta e isso impediu que brasileiros conhecessem um jornalismo que se importa com o povo. A responsabilidade do jornalista não é mostrar os fatos de forma imparcial, peca-se por levar isso a sério. Além de noticiar a realidade, o profissional precisa ter um lado, o lado da justiça. É essa posição que diferencia os jornalistas que mudaram alguma coisa daqueles que só transmitiram os fatos. No Brasil, a Ditadura Militar foi um dos poucos momentos em que o jornalismo teve uma função social de verdade. Ironicamente, foi a época em que jornalistas não tinham direito de expressão e por isso tiveram de lutar. Conseguiu-se acabar com o sistema, mas também exterminaram o motivo qu

Vivendo a vida alheia

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                                                                          Foto: Andreza Galiego Milhares de pessoas por aí almejam a vida dos famosos. Uns por causa do dinheiro, outros pelas mordomias, outros pela fama ou pela beleza. E a maioria por tudo isso junto. Confesso que não consigo compreender profundamente a razão disso. Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que nunca me imaginei como celebridade. Mas quando isso ocorreu foi por motivos talvez mais modestos, como por exemplo, a possibilidade de chamar a atenção para assuntos importantes. Essa busca incessante por reconhecimento é intrínseca ao ser humano. Trabalhamos, somos bons em algo e queremos que os outros saibam disso. O problema nasce quando a fama se torna mais importante do que o trabalho realizado. A grande maioria que deseja a fama, não faz nada prático para conquistá-la, apenas cuidam e recuidam da vida de famosos, como se fosse possível se tornar conhecido apenas repetindo os passos alheios. O pi

Cada político com seu câncer

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Mais um político descobriu que tem câncer. Dessa vez foi Lula que, segundo informações de TODOS os veículos de comunicação (todos mesmo), possui um câncer na laringe e já começou o tratamento quimioterápico, mas não pelo SUS, é claro. Minha teoria: Parece que o câncer é uma espécie de punição que acomete os políticos brasileiros. Deve ser uma recompensa maligna por serem tão egoístas e corruptos. Brasileiro reclama muito de político, mas não faz nada para que sejam penalizados, entretanto o mundo não é tão injusto a ponto de deixar que eles se deem tão bem, por isso que muitos têm câncer. Pode demorar, mas o tumor chega. Seja na próstata, na laringe ou na mama, ele sempre dá o ar da graça. Porém, assim como grande parte dos políticos desenvolve a doença, a maioria também se cura? Por que? Porque nenhum deles espera atendimento no SUS. Isso mesmo, a justiça do universo dá um jeito de fazê-los pagar por suas cretinagens, mas como isso normalmente demora a acontecer, eles j

Internet: Dos primeiros passos à Revolução

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        Estamos tão acostumados com a internet que nem percebemos a revolução que ela provocou nas sociedades do mundo inteiro. Não só as mudanças na comunicação e a capacidade de efetivar a Globalização, mas as alterações no estilo de vida dos seres humanos.  Esse novo veículo de informação foi capaz de tornar realidade os maiores anseios do homem. Desde a possibilidade de trocar conhecimento com pessoas do outro lado do mundo até a habilidade de guardar todas as informações existentes  nele, dentro de alguns códigos HTMLs *. Quando falamos na rede, precisamos analisar o curto período necessário para que ela se tornasse indispensável às sociedades. – um sistema que começou com o interesse do exército norte-americano em guardar as informações, mas ainda assim poder compartilhá-las entre os seus servidores –ocasionou em uma ferramenta útil, mas inicialmente precária. O interesse de Tim Berners-Lee – o inventor da internet – era proporcionar um meio democrático, em que todos pu

Precisa-se

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É preciso ver a realidade todo dia, pra não esquecer que ela está lá Que há pessoas passando fome Que existe gente roubando de gente que não tem nada Olhar as crianças sendo escravizadas Perceber que ter uma saúde frágil pode ser o destino, mas não ter condições de tratar uma doença, é descaso de alguém Notar que há um mundo lindo, com quatro paredes, onde se conhece tudo Mas também existe o mundo real Não ter medo de olhar para um mendigo, nem que seja só para dizer “bom dia” Não esquecer que há pessoas mais debilitadas, menos brilhantes Que aquele jornal que você tem orgulho de ler todo dia, pode ser a casa de alguém Deixar de reclamar de ter de andar a pé, quando algumas pessoas nem podem andar Mesmo que o seu mundo pareça perfeito, nunca se esqueça que para muitos o mundo é injusto.

Mas tudo bem...

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É sabido que as coisas por aqui não andam bem. O Brasil tem vícios que carrega há alguns séculos e dos quais nem tenta se livrar. Dependências quase biológicas, alimentadas de geração em geração. No mundo, o “jeitinho brasileiro” é bastante conhecido, mas por aqui pouco o percebemos, afinal, está enraizado. Tentamos nos livrar dos altos impostos com algumas artimanhas, mas tudo bem, nos são cobrados os impostos mais abusivos do mundo. Agradamos os professores porque precisamos de nota, mas tudo bem, o sistema educacional está acima das nossas capacidades mesmo. Furamos a fila no banco porque temos pressa, mas tudo bem, afinal, porque a fila tem de ser tão longa? Fazemos contas que não pretendemos pagar, mas tudo bem, não temos culpa se o salário é tão pequeno. Viramos políticos para melhorar o país, mas quanto se ganha por essa ideologia? É, talvez seja melhor deixar como está. Fingimos não ver os problemas da situação educacional, social, da saúde. Mas se