Internet: Dos primeiros passos à Revolução
Estamos tão acostumados com a
internet que nem percebemos a revolução que ela provocou nas sociedades do
mundo inteiro. Não só as mudanças na comunicação e a capacidade de efetivar a
Globalização, mas as alterações no estilo de vida dos seres humanos. Esse
novo veículo de informação foi capaz de tornar realidade os maiores anseios do
homem. Desde a possibilidade de trocar conhecimento com pessoas do outro lado
do mundo até a habilidade de guardar todas as informações existentes
nele, dentro de alguns códigos HTMLs*.
Quando falamos na rede,
precisamos analisar o curto período necessário para que ela se tornasse
indispensável às sociedades. – um sistema que começou com o interesse do
exército norte-americano em guardar as informações, mas ainda assim poder
compartilhá-las entre os seus servidores –ocasionou em uma ferramenta útil, mas
inicialmente precária. O interesse de Tim Berners-Lee – o inventor da internet
– era proporcionar um meio democrático, em que todos pudessem trocar dados. Em
1990, ninguém poderia imaginar a dimensão desse objetivo. Ou talvez Bill Gates
pudesse e, exatamente por isso, criou um sistema - o Internet Explorer – que
seria necessário para usar a rede, mas ao contrário de Berners-Lee, desde o
início cobrou pela aquisição do programa. O Explorer fez muito sucesso e
existiu sem concorrência por muitos anos.
E Bill Gates tentou, mas não
conseguiu limitar o uso da internet aos pagantes. Em pouco tempo, a internet
podia ser usada através de uma linha telefônica e um computador (que já havia
evoluído bastante). Obviamente, o serviço não era gratuito, mas não era preciso
pagar por cada página aberta na internet e nem por provedores. Logo surgiu o
napster, o primeiro programa de compartilhamento de música, inventado por um
estudante universitário. O napster proporcionou o download gratuito de músicas
e uma batalha entre o jovem e as gravadoras. No fim, o programa não pode ser
controlado e deu lugar a sistemas ainda mais eficazes e à famosa pirataria.
O aprimoramento dos códigos,
da aparência e da eficácia da internet veio com o tempo e bem antes de atingir
o formato atual, já fazia parte da vida de centenas de pessoas, inclusive no
Brasil. No começo dos anos 90, as redações dos jornais já haviam trocado a
máquina de escrever pelo computador, e não foi preciso muito esforço para que
aceitassem a internet. O meio tornou o serviço mais prático e eficiente. Já não
era preciso imprimir a matéria, bastava enviá-la por email ao editor. Se após o
surgimento do computador tudo ficou mais fácil, a rede ainda possibilitou o aperfeiçoamento
da máquina fotográfica, da televisão, do sistema de rádio, entre outros
equipamentos eletrônicos que revolucionaram todas as profissões.
Embora, talvez a revolução
mais assustadora provocada pela internet tenha sido nas relações pessoais. O
sedentarismo e o comodismo são características adotadas na forma de viver do
século XX, muito incentivadas pela facilidade em estudar, trabalhar, namorar e
até pedir comida pela rede. Mas, ao meu ver, a mudança grave está no fato de as
redes sociais terem nos transformado em produtos – muito rentáveis por sinal.
Tiramos fotos de tudo, não para os álbuns de papel e plástico, mas para os
álbuns online, aliás, esse é o nosso estado permanente: onlines. A super
exposição da vida real na virtual traz enormes prejuízos principalmente na
formação de jovens e crianças. Tornamos-nos egocêntricos, bem mais preocupados
com a foto do perfil do que com os terrores do mundo real.
O futuro desse veículo de
comunicação é imprevisível. A questão é que o nosso também. Por isso mesmo
deveríamos nos atentar para o que é realmente importante e aprender com as
experiências que tudo que é demais faz mal. É muito bom utilizar de toda
tecnologia e facilidade, porém é melhor viver o real, deixando a internet fazer
parte de nossas vidas sem se tornar a própria vida, para não transgredirmos a
era das cavernas, em que possuíamos língua, entretanto, não sabíamos falar.
*Abreviação para a expressão inglesa HyperText Markup
Language - Linguagem de Marcação de Hipertexto utilizada para produzir páginas
da internet.
Fonte:
Manangement TV
Comentários
Postar um comentário
Comente, crítique, reclame, elogie, concorde ou discorde. Mas deixe sua opinião!!