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Quando sua melhor amiga começa a namorar...

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Não é fácil aceitar o misto de sentimentos que vêm à tona quando sua melhor amiga começa a namorar. A felicidade por achar que ela finalmente encontrou um cara a altura é imensamente proporcional à constatação de que esse mesmo cara passará a ser o verdadeiro melhor amigo dela. Ainda que nos preparemos para esse momento, na prática, a teoria é mais didática. Quando vocês compartilharam 17 dos seus 20 e poucos anos, incluindo todas as enroscadas e aprendizados, é complicado aceitar que essa exclusividade vai acabar. Bem ou mal, você não será mais a primeira pessoa para quem ela irá comentar suas paranoias. Aliás, bem, pois é necessário torcer para que assim seja, pois significará que eles têm uma relação valiosa. Ironias de uma amizade. Ele é um cara bacana e tals, daqueles que será capaz de superar as expectativas. Mas isso não evitou minha crise de pânico na madrugada, antes de atender a um convite dela, para um almoço em família com ele. Aqueles momentos dos quais quere

Yes, Brazil is a racist country

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Yes, Brazil is a racist country. I know, it does not make sense if you have any previous knowledge about how many multiple races there are in this country. It should be one of the most tolerant places in the world, instead, natives frequently face more racists attitudes here than where people are known for being prejudiced. It is complicated to explain why this reality is how it is. Mainly because racism occurs most against black people. Of course, there are jokes about the population from any nationality, who keeps their descending physical characters. It is bad behavior but there is no offensive intonation, except when it is about blacks. Though 52.9% of the citizens are black, we have an unachievable beauty standard; the European one. Brazilians frequently super value white people with straight and blond hair, and a small nose. Far be it from me to quiz this pattern, after all, the Europeans are really beautiful. What I mean is that it is obviously insane to add this stan

Wifi no céu

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Marcelo nunca achou que aquilo aconteceria tão cedo. Ficou pensando em tudo que havia vivido e nos planos que ainda colocaria em prática. Uma dessas tarefas era urgente. Morreu sem ter tempo de fazer. A primeira atitude que teve ao chegar ao céu foi perguntar a senha do wi-fi. O anjo olhou admirado para Marcelo e quis saber o que era aquilo. Um gelo passou pelo corpo do recém-morto. “Se ele sequer sabe o que é isso, não é um bom sinal”, pensou. Marcelo tentou explicar que precisava acessar a internet, afinal, ao perceber que estava morrendo, fez questão de se agarrar ao celular para que fossem enterrados juntos. Mas em nenhum momento pensou que a operadora, que mal funcionava na terra, poderia não funcionar no céu. A última alternativa foi o wi-fi, até que se deu conta de que ninguém usava isso no céu. Irritado, Marcelo questionou o anjo: “E agora? Como vou ler os recados emocionados, deixados no meu Facebook, a respeito da minha morte? E continuou: “Sabe quanto

Lar é para onde você sempre pode voltar

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Voltar para casa, após doze meses morando do outro lado do mundo, é certamente reconfortante. Não importa o quão incrível tenha sido a experiência de viver em outra cultura, de enfrentar novos obstáculos e atingir objetivos. Casas podem ser muitas, mas lar é onde mora a sensação de pertencimento. Depois de um ano distante do que eu entendia como realidade, tudo o que eu mais queria era abraço de sobrinho, mousse de maracujá feito pelo meu pai, rever os amigos, barulho de família reunida, comida de mãe, papo-cabeça com meus avós, roupas de verão, comer jabuticaba do pé, brigadeiro de madrugada, churros da esquina, me jogar na minha cama. Senti falta de ar condicionado ligado, de mergulhar na piscina, dormir na cama dos meus pais, comer sonho, olhar de irmão, guloseimas das cunhadas, cheirar meus livros, não ter horário para acordar (e muito menos para dormir), beber água de coco, implicar com os sobrinhos, dirigir meu carro, usar salto alto, reencontrar minhas antigas roupas.

Paris, a cidade mais visitada do mundo

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Quase todo ser humano na face da terra tem o desejo de ir à Paris. Se você não se enquadra nessa estatística, tens meu respeito simplesmente por ser diferente. Ainda assim, descreverei minha percepção sobre a cidade, a fim de lhe proporcionar razões para mudar de ideia ou permanecer com a mesma, a depender do seu grau de teimosia. Confesso que nunca fui das mais aficionadas em conhecer Paris. Provavelmente por ser um destino clichê e eu preferir tirar minhas próprias conclusões a respeito do que a maioria julga belo. Porém, estando na Europa, eu me vi tentada a desvendar os motivos de toda essa paixão pela cidade. Em duas visitas, posso lhe afirmar que Paris é uma cidade feiamente encantadora. Os pontos turísticos possuem uma beleza apresentada nos detalhes irreverentes das construções. Por isso, é impossível não se sentir emocionado pela imensidão e arquitetura do Museu do Louvre e pela diversidade de suas obras, que vai muito além da La Joconde . A Torre Eiffel , infelizmen

De repente...

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De repente me dei conta de que sinto sua falta. Em meio a tantos caras bacanas, me pego fazendo comparações sobre quais seriam suas respostas para as perguntas bobas que insisto em fazer para qualquer moço em quem vejo potencial. Acumulo frustrações porque as falas nunca saem como planejado. Eles não dizem o quanto se importam com o mendigo na rua, com os usuários de drogas, com aquelas flores ali no jardim. Tantos papos, tantos lugares divertidos, tantos caras. Pena nenhum deles possuir a sua leveza, esse seu jeito “moleque-irresponsável-que-sabe-bem-o-que-está-fazendo” de ser. Aquele seu olhar de quem já viu de tudo na vida e, por isso, perdeu a pressa de competir. Os outros sabem tudo sobre marcas, times, economia, política, mas você soube tanto de mim sem nem se dar conta. Por alguma razão, os meus ideais se encaixaram perfeitamente na sua certeza de que nada é realmente certo nessa vida. Nada mais inspirador do que esbarrar em alguém que não faz ideia de para onde está indo, m

Seis meses e algumas cicatrizes depois

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Seis meses após desembarcar na Holanda, já faço uma ideia de como será difícil me despedir desse país, ainda que isso signifique voltar para casa. Com apenas mais meio ano pela frente residindo na terra dos moinhos, os planos ainda não concretizados parecem demais frente ao curto período de tempo que está por vir. Em seis meses, ainda não conheci todas as cidades que gostaria, não visitei todos os países que pretendia, não experimentei todas as comidas típicas que deveria, mas já não me considero mais aquela mesma pessoa que vi na última olhada no espelho antes de pegar o avião. Além das mudanças externas, alguns quilos a mais, mãos com cicatrizes de queimaduras devido a água quente das torneiras, unhas em estado deplorável, pele ressecada, há uma quantidade enorme de ideais que também já não são mais os mesmos. Descobri que ao longo dos meus 25 anos, eu nunca soube exatamente quem eu era. Sei que é um clichê, mas quando dizem que passar uma temporada absorvendo outra