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O jornalista, o editor e a falta do diploma

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    O repórter chega para o editor e dono do jornal onde trabalha – um jornalista que nunca frequentou a faculdade e que resolveu abrir o próprio jornal  – para lhe dar informações sobre um acontecimento que será notícia em breve.       - Seu Geraldo aconteceu um acidente. Um homem estava dormindo na linha do trem da cidade e o trem passou por cima da cabeça dele, levando-a pelos trilhos. Aqui estão algumas fotos que tirei do ocorrido.       - Ué, mas cadê o homem nessas fotos?       - Então, não tirei fotos do homem porque ele foi decapitado, né? As pessoas poderiam se chocar se publicássemos isso.      - Como assim? Não "senhô". Bota esse homem nessas fotos. Que diferença faz com ou sem cabeça? Ninguém vai “se aperceber”.      - Não, seu Geraldo, não posso fazer isso, é antiético.      - Que isso sô, na vida as pessoas perdem a cabeça, isso acontece todo dia.      - Não, mas eu não posso. È que o senhor não fez faculdade então não aprendeu sobre isso.

Show de bola fora do campo!

       Dunga e a comissão técnica deram um show ontem na comitiva de imprensa dada logo após a convocação da seleção para a copa. Não só sobre futebol, mas sobre humanismo, patriotismo e até mesmo sobre imprensa. Dunga ensinou e surpreendeu até aos mais experientes jornalistas a respeito de um trabalho que estes deveriam ter aprendido em suas faculdades.         A função da imprensa é ser crítica sim, o que não significa apenas criticar, e sim saber analisar os acontecimentos e questioná-los, porém fazer isso de forma respeitosa e tendo conhecimentos amplos sobre o assunto. O que não se viu na coletiva hoje, por parte da imprensa, pois esta fez perguntas repetitivas e com tons de ironia e até desrespeito, esquecendo-se de seu encargo, de obter informações claras e objetivas e transmiti-las aos telespectadores, sem impor suas próprias opiniões.        Acostumada a lidar com técnicos que falam pouco ou que não sabem o que dizem, a imprensa esbarrou em sua própria falta de experiência e d

"Oi, tudo bem?"

        Engraçado como o "tudo bem?" tornou-se um cumprimento como "oi" e "xau" aqui no  Estado  de São Paulo. Hoje estava no supermercado e ouvi meu pai cumprimentar um "conhecido"; meu pai disse oi e o "conhecido" disse "tudo bem?" de forma tão automática que achei ter ouvido um robô. Sério, foi estranho. E realmente esse costume pega, pois eu mesma que achava meio idiota perguntar pra alguém que pouco conheço se ele está bem - como se eu fosse extremamente importante ao ponto de uma pessoa com a qual não tenho intimidade nenhuma viesse se desabafar comigo - hoje tenho a mesma mania.         Mas mais incrível do que dizer "oi, tudo bem?" é dizer isso de forma tão automática que mais parece uma frase de palhaçao-tentando-se-enturmar-com-criança do que um cumprimento. Algo do tipo: "Oi, tudo bem? Quantos anos você tem? Mesmo que a pessoa ou criança quisesse dizer que está ou não bem, não teria tempo. E mai

A violência familiar causada pelo álcool

         Eu tenho apenas 15 anos e podem me chamar de L. C., não porque estou com vergonha de me identificar, mas em nome da felicidade que ainda resta à minha família, prefiro manter sigilo. A pessoa alcoólatra era meu pai, e pela mesma razão vou chamá-lo pelas iniciais O. C.          Não pense você que meu pai sempre fora um alcoólatra. Não. Já fomos muito felizes sem o alcoolismo. Meu pai só bebia “ocasionalmente”, se é que isso pode ser chamado assim. Certo dia fomos convidados para uma festa na casa de um amigo de meus pais, eu tinha apenas 10 anos, quando naquela noite que prometia ser ótima, meu pai resolveu tomar uns goles a mais de uísque. Ele dizia que era só de brincadeira.          Numa noite, dois meses depois daqueles primeiros goles a mais, ouvi meu pai brigar com minha mãe, e ela dizia que meu pai não podia sair todas as noites para beber, mas meu pai, já nervoso (conseqüência do álcool), gritava a todo momento com minha mãe. Logo depois pegou o carro e saiu.  

Ser Jornalista: Não é uma questão, é uma certeza!

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Ser jornalista é mais do que ter uma profissão, pois diferentemente de outros ofícios, um profissional de jornalismo não deixa de sê-lo aos finais de semana ou aos feriados, pelo contrário, aproveita esse tempo para adquirir mais algum conhecimento sobre qualquer assunto, já que deve saber um pouco de tudo, embora nunca esteja totalmente informado. O jornalismo é uma profissão que não atrai a maioria, talvez por não garantir bons salários e nem mesmo a tão sonhada fama, mas é melhor que seja assim, para não haver uma banalização de um ofício que deve ser em prol da sociedade, mais para um serviço comunitário que empresarial. Ainda que o jornalista necessite de remuneração tanto quanto os outros profissionais, esse não deve ser o objetivo final para a escolha dessa profissão, e sim a vontade nata de ajudar ao próximo de alguma forma, seja alertando a sociedade sobre determinado assunto, seja impedindo que informações desnecessárias cheguem a público. O bom jornalista não é

Brasil... Esconde a sua cara!!

A gente ri quando tem fome Chora de alegria quando ganha uma esmola do governo Aqui se rouba dos que não têm nada Para dar aos que têm demais Elegem-se pessoas que possam melhorar nossas vidas Mas esquecemos que estas não se importam com vidas Se gasta milhões em carnavais e novos estádios de futebol Enquanto dezenas, nesse caso de pessoas, morrem nas filas do sistema publico de saúde Aqui todos bebem água Mesmo que igual a da privada Vendem-se drogas em escolas E, olha que aqui isso é proibido até para maiores Não podemos assistir pela TV aos julgamentos de políticos corruptos Mas tudo bem, só queremos mesmo é ver a novela das oito A democracia aqui é imposta pela TV, ela escolhe quem ganhará as eleições E depois ainda rimos da situação dos venezuelanos A cultura que recebemos são as traições Na política, na família, na igreja Queremos mesmo é tomar cerveja Curtir o feriado emendado E no resto a gente dá um jeito bem dado...

Violência. Mais um problema social do país.

      Uma das maiores preocupações atuais do Brasil é a violência. Um problema que cresce e se expande cada dia mais e assusta toda a população de um país, matando inocentes e traumatizando os que têm a sorte de sobreviver.       Porém o fato mais surpreendente nesse caso é que a maioria desses criminosos são os jovens, o que faz deles, ao mesmo tempo, vitimas e vilões dessa situação, justamente em uma idade em que deveriam desfrutar, apenas, de educação, saúde e lazer.      Com pais mal orientados, com pouco estudo, que vivem em uma situação precária e muitas vezes já estão envolvidos em crimes, esses jovens não têm instrução ou incentivo de ir à escola, o que os levam a se envolver com drogas, bebidas e com o crime. Esses jovens roubam, traficam e ate matam como adultos e não se sentem mal por isso, pelo contrário, se sentem como vingadores a uma sociedade injusta que não lhes deu oportunidades e nem a seus pais. Por outro lado, há também, adolescentes de classe media que não têm os