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Obama no Brasil: Uma boa imagem vale muito

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Uma coisa é certa: Barack Obama não tem um marketeiro como Duda Mendonça, mas consegue ser tão popular quanto Lula. A diferença é que o nosso ex-presidente não cursou uma faculdade e não obteve certo refinamento que Obama possui na capacidade de disfarçar emoções. O Brasil é um país pobre, apesar da riqueza. É um país que acredita ser uma grande potência, mas não é.  E Obama fingiu muito bem não perceber isso. Falou com o povo, sorriu, foi simpático, receptivo, elogiou o Brasil e os brasileiros, massageou o ego de políticos, mas não deixou escapar o olhar de pretensa superioridade. E não se pode condená-lo por isso, afinal, esse sentimento de soberania está enraizado em todo cidadão norte-americano. Além disso, nós brasileiros gostamos de fazer papel de tolos, talvez isso seja intrínseco de nós também. Adoramos um ídolo, alguém que demonstre, sutilmente, poder. Poderíamos nos reunir para protestar contra qualquer coisa, pois aqui motivos não faltam. Ao invés disso estamos a

Texto Autobiográfico Não Autorizado

           Ela era obstinada demais. Tinha sonhos e objetivos dos quais se lembrava todo dia. Havia pessoas que a desencorajavam todo dia. Havia pessoas que a incentivavam. Havia pessoas que a criticavam. Mas tinha aqueles que não a compreendiam. A mãe achava a filha ambiciosa. Mas ela não era, queria apenas morar na cidade grande. O pai achava a filha diferente, até estranha. Não tinha namorado, mas trabalhava, estudava e corria atrás dos sonhos. Mas era diferente dos irmãos. Estes casaram cedo. Ela tinha o sonho de se casar, mas esse ela não podia buscar com as próprias mãos. Era romântica. Esperava ser salva pelo príncipe encantado. Ou lobo mal. Tanto faz. Aspirava a profissão que escolheu. Mas ninguém concordava. Não fazia mal, ela sabia que suas escolhas teriam conseqüências que só ela poderia enfrentar. Amava a família. Mas desejava estar longe, mesmo com muitas saudades. Tinha dificuldades em se relacionar. Mas ia tentando mudar. Adorava livros e chocolate. Um dia, depois de

Sua vida gira em torno... Do dinheiro

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          Odeio dinheiro. E não há nada pior do que depender tanto de algo que você não suporta. É como depender da sua sogra. Irrita-me perceber o quanto o dinheiro influencia minha vida. Não posso viajar porque não tenho grana. Não posso me casar, adivinha por quê? Porque não tenho um noivo, mas se eu tivesse, a falta de dinheiro me impediria do mesmo jeito.        Tudo que fazemos ou deixamos de fazer está ligado aquelas cédulazinhas-cheias-de-si. Mesmo que você tenha todo o seu orçamento planejado e seja uma pessoa super controlada, não muda nada. Se você bate o carro, o conserto já está fora do orçamento. Isso me faz pensar que a culpa também é do acaso. Esta aí uma dupla de inimigos de peso.           Se você não tem grana sua vida é vazia. Seu estomago é vazio. Sua casa (se é que tem uma) é vazia. Seu carro... Não, você não tem carro. Ai você estuda e trabalha a vida toda e quando passa a ocupar um lugar na classe média, passa também a ser um tremendo mão-de-vaca e, com

As diferenças pessoais não têm a ver com a igualdade de direitos

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Faz tempo que homossexuais e ativistas lutam pelos direitos das comunidades LGTBS (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes). Direitos de igualdade que considero absolutamente justos. Independentemente da orientação sexual qualquer pessoa tem direito a saúde, educação, lazer, emprego, respeito. Concordo também que eles tenham direito ao casamento civil, pois a lei humana é democrática, sendo assim, é para toda sociedade. Embora perante Deus isso seja a maior demonstração de pecado e, a partir do momento que as igrejas passarem a realizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, elas deixarão de obedecer às doutrinas bíblicas e, consequentemente, não terão razão de existir. Sou totalmente contra a homofobia e qualquer tipo de violência - seja verbal ou física - às pessoas com essa orientação sexual diferente. Não concordo com o tratamento desrespeitoso dado aos LGTBs. Entretanto essa comunidade deveria respeitar também os direitos al

Invasão ao Complexo do Alemão por alguém que entende do assunto

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         Abaixo uma entrevista realizada pela ISTOÉ com o deputado estadual e ativista dos direitos humanos, Marcelo Freixo, que inspirou o personagem Fraga , do filme "Tropa de Elite 2" . Na entrevista ele comenta sobre a invasão policial ao Complexo do Alemão, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), o tráfico de armas e drogas no Rio de Janeiro e atitudes que deveriam ser tomadas para combater essa violência. Além de analisar os motivos da demora da ação do Estado para diminuir a criminalidade. Entrevista por: Bruna Cavalcanti Foto: Carlo Wrede (Agência O Dia) Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, o deputado Marcelo Freixo (Psol) é hoje um dos maiores especialistas brasileiros em violência urbana. Reconhecido por seu trabalho como parlamentar - em 2008 presidiu a CPI das milícias e revelou ao Brasil um esquema sujo dominado por policiais e ex-policiais dentro das favelas – Freixo é militante e ativista de direitos hu

Orçamento Participativo

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Orçamento Participativo é um sistema político que se utiliza da opinião pública para planejamentos dos gastos de verbas municipais. Embora implantado a partir da década de 70 e em apenas algumas cidades brasileiras, esse plano é de conhecimento da maioria dos políticos. Através de plenárias, os moradores e prefeitura decidem as prioridades orçamentárias dos municípios. Qualquer cidadão acima dos 16 anos – idade em que passa a ter direito de voto – pode participar, com voz ativa, dessas decisões. Claramente, esse método de planejamento de gastos deveria ser implantado em todos os municípios do país, principalmente quando nos recordamos do quanto a corrupção política municipal é efetiva. Muitos prefeitos de cidades pequenas e distanciadas da visão do Estado se utilizam de seus poderes públicos para a criação de obras e orçamentos que, na prática, servem apenas para enriquecer seus bolsos.  No caso da implantação do orçamento participativo, isso até poderia ocorrer, mas difici

Isso é Política

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         Essa entrevista é uma  amostra da postura que os políticos deveriam ter e o que a população brasileira deveria considerar como Política. Uma esperança para os poucos que ainda acham que esse país pode melhorar para todos e não apenas para determinada classe. Parabéns ao Deputado José Reguffe pela iniciativa e pelas atitudes honráveis. O triste é perceber que a honestidade na Política brasileira é uma qualidade de pouquíssimos quando deveria ser o requisito básico para se administrar um Estado. Agradeço aos jornalistas Adriana Nicacio, Hugo Marques e Sérgio Pardellas pela realização da entrevista, e a revista ISTOÉ por tê-la publicado.          Uma informação que deveria chegar a cada cidadão do Brasil. Sem excessões. Aos políticos de toda espécie, as crianças e aos analfabetos. ISTOÉ - O sr. esperava ter quase 270 mil votos? JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE -   Nem no meu melhor sonho eu poderia imaginar isso. O resultado foi completamente inesperado. Foi um reconhecimento ao mandato