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Mas tudo bem...

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É sabido que as coisas por aqui não andam bem. O Brasil tem vícios que carrega há alguns séculos e dos quais nem tenta se livrar. Dependências quase biológicas, alimentadas de geração em geração. No mundo, o “jeitinho brasileiro” é bastante conhecido, mas por aqui pouco o percebemos, afinal, está enraizado. Tentamos nos livrar dos altos impostos com algumas artimanhas, mas tudo bem, nos são cobrados os impostos mais abusivos do mundo. Agradamos os professores porque precisamos de nota, mas tudo bem, o sistema educacional está acima das nossas capacidades mesmo. Furamos a fila no banco porque temos pressa, mas tudo bem, afinal, porque a fila tem de ser tão longa? Fazemos contas que não pretendemos pagar, mas tudo bem, não temos culpa se o salário é tão pequeno. Viramos políticos para melhorar o país, mas quanto se ganha por essa ideologia? É, talvez seja melhor deixar como está. Fingimos não ver os problemas da situação educacional, social, da saúde. Mas se ...

Bin Laden e o Antiamericanismo

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          Antiamericanismo não é o mesmo que genocídio ou terrorismo. Os antiamericanos são as pessoas que discordam desse sistema imposto pelos Estados Unidos da América, que carrega em seu próprio nome uma superioridade irreal, mas convincente. São aqueles que desacreditam nas maravilhas de um país perfeito e invejado, contrariando a grande maioria que crê veementemente nessa narrativa. Os poucos que se fazem essas perguntas: Será que o homem foi mesmo à Lua? Ou A queda das Torres Gêmeas foi realizada por Osama Bin Laden? Bin Laden realmente morreu? São os que têm um pouco mais de conhecimento crítico e não acreditam simplesmente no que lhes é vendido pela imprensa. Estes costumam ser os revoltados, os céticos, os desconfiados da vida. Talvez sejam, só que, nesse caso, duvidar pode ser muito mais uma qualidade do que um defeito. Os EUA têm domínio sobre o mundo e não é só economicamente, mas culturalmente. Impuseram um sistema de forma tão magist...

Obama no Brasil: Uma boa imagem vale muito

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Uma coisa é certa: Barack Obama não tem um marketeiro como Duda Mendonça, mas consegue ser tão popular quanto Lula. A diferença é que o nosso ex-presidente não cursou uma faculdade e não obteve certo refinamento que Obama possui na capacidade de disfarçar emoções. O Brasil é um país pobre, apesar da riqueza. É um país que acredita ser uma grande potência, mas não é.  E Obama fingiu muito bem não perceber isso. Falou com o povo, sorriu, foi simpático, receptivo, elogiou o Brasil e os brasileiros, massageou o ego de políticos, mas não deixou escapar o olhar de pretensa superioridade. E não se pode condená-lo por isso, afinal, esse sentimento de soberania está enraizado em todo cidadão norte-americano. Além disso, nós brasileiros gostamos de fazer papel de tolos, talvez isso seja intrínseco de nós também. Adoramos um ídolo, alguém que demonstre, sutilmente, poder. Poderíamos nos reunir para protestar contra qualquer coisa, pois aqui motivos não faltam. Ao invés disso estam...

Texto Autobiográfico Não Autorizado

           Ela era obstinada demais. Tinha sonhos e objetivos dos quais se lembrava todo dia. Havia pessoas que a desencorajavam todo dia. Havia pessoas que a incentivavam. Havia pessoas que a criticavam. Mas tinha aqueles que não a compreendiam. A mãe achava a filha ambiciosa. Mas ela não era, queria apenas morar na cidade grande. O pai achava a filha diferente, até estranha. Não tinha namorado, mas trabalhava, estudava e corria atrás dos sonhos. Mas era diferente dos irmãos. Estes casaram cedo. Ela tinha o sonho de se casar, mas esse ela não podia buscar com as próprias mãos. Era romântica. Esperava ser salva pelo príncipe encantado. Ou lobo mal. Tanto faz. Aspirava a profissão que escolheu. Mas ninguém concordava. Não fazia mal, ela sabia que suas escolhas teriam conseqüências que só ela poderia enfrentar. Amava a família. Mas desejava estar longe, mesmo com muitas saudades. Tinha dificuldades em se relacionar. Mas ia tentando mudar. A...

Sua vida gira em torno... Do dinheiro

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          Odeio dinheiro. E não há nada pior do que depender tanto de algo que você não suporta. É como depender da sua sogra. Irrita-me perceber o quanto o dinheiro influencia minha vida. Não posso viajar porque não tenho grana. Não posso me casar, adivinha por quê? Porque não tenho um noivo, mas se eu tivesse, a falta de dinheiro me impediria do mesmo jeito.        Tudo que fazemos ou deixamos de fazer está ligado aquelas cédulazinhas-cheias-de-si. Mesmo que você tenha todo o seu orçamento planejado e seja uma pessoa super controlada, não muda nada. Se você bate o carro, o conserto já está fora do orçamento. Isso me faz pensar que a culpa também é do acaso. Esta aí uma dupla de inimigos de peso.           Se você não tem grana sua vida é vazia. Seu estomago é vazio. Sua casa (se é que tem uma) é vazia. Seu carro... Não, você não tem carro. Ai você estuda e trabalha a ...

As diferenças pessoais não têm a ver com a igualdade de direitos

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Faz tempo que homossexuais e ativistas lutam pelos direitos das comunidades LGTBS (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes). Direitos de igualdade que considero absolutamente justos. Independentemente da orientação sexual qualquer pessoa tem direito a saúde, educação, lazer, emprego, respeito. Concordo também que eles tenham direito ao casamento civil, pois a lei humana é democrática, sendo assim, é para toda sociedade. Embora perante Deus isso seja a maior demonstração de pecado e, a partir do momento que as igrejas passarem a realizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, elas deixarão de obedecer às doutrinas bíblicas e, consequentemente, não terão razão de existir. Sou totalmente contra a homofobia e qualquer tipo de violência - seja verbal ou física - às pessoas com essa orientação sexual diferente. Não concordo com o tratamento desrespeitoso dado aos LGTBs. Entretanto essa comunidade deveria respeitar ta...

Invasão ao Complexo do Alemão por alguém que entende do assunto

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         Abaixo uma entrevista realizada pela ISTOÉ com o deputado estadual e ativista dos direitos humanos, Marcelo Freixo, que inspirou o personagem Fraga , do filme "Tropa de Elite 2" . Na entrevista ele comenta sobre a invasão policial ao Complexo do Alemão, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), o tráfico de armas e drogas no Rio de Janeiro e atitudes que deveriam ser tomadas para combater essa violência. Além de analisar os motivos da demora da ação do Estado para diminuir a criminalidade. Entrevista por: Bruna Cavalcanti Foto: Carlo Wrede (Agência O Dia) Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, o deputado Marcelo Freixo (Psol) é hoje um dos maiores especialistas brasileiros em violência urbana. Reconhecido por seu trabalho como parlamentar - em 2008 presidiu a CPI das milícias e revelou ao Brasil um esquema sujo dominado por policiais e ex-policiais dentro das favelas – Freixo é militan...