Minha empresa gera receita, mas não vejo a cor do dinheiro

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Obs: Este texto foi feito a partir do conteúdo do vídeo da empresa 4Blue.

É extremamente frustrante dedicar tanto tempo e esforço para fazer um negócio dar certo e de repente perceber os objetivos indo por água abaixo. Mas antes de jogar a toalha, que tal avaliar se você não está cometendo um dos seguintes pecados mortais do empreendedorismo? Por exemplo, nem sempre vender mais é sinônimo de dinheiro na mão. Ficou surpreso? Pois é, o volume de vendas é um dos caminhos da rentabilidade, porém erros na gestão financeira podem significar exatamente o contrário. Depois dessa, acho que você já está pronto para encarar umas verdades.

Dentre os principais fatores que podem afetar negativamente sua lucratividade, está a DESPESA ALTA, composta por dois principais elementos: junção das finanças pessoais com as do negócio (aquela prática que sabemos ser errada, todavia sempre deixamos para resolver amanhã) e falta de controle financeiro (sim, uma planilha do excel não seria nada mau). Para começar a organizar a bagunça e evitar o “combo do prejuízo”, é essencial o empreendedor definir para si um salário realista, baseando-se nas entradas e saídas. A partir disso, sanar as despesas pessoais resistindo à tentação de fazer retiradas extras do caixa da empresa.

O segundo fator é resultado de um CICLO OPERACIONAL + CICLO FINANCEIRO DESCONFORMES. O que isso quer dizer? Suponha que você venda canetas e o seu estoque está zerado. Você contata o fornecedor solicitando mais unidades e ele te exige pagamento imediato. As canetas chegam e, ao vende-las, os seus clientes pagam a prazo (crédito, boleto, promissória). Qual o resultado dessa conta? Sim, você está vendendo bem, todavia não vê nem a cor da grana. Conclusão: não há dinheiro em caixa e sua reserva está diminuindo novamente.

Para resolver essa matemática, você vai precisar gerenciar esse processo de uma das duas formas: brigar para estender o prazo de pagamento dos seus fornecedores ou convencer os clientes a pagarem pelas canetas em um prazo mais curto – evitando a antecipação bancária. Se nada der certo, a saída é recorrer ao capital de giro (aquele dinheiro guardado que nem sempre a gente tem).  Se não houver essa possibilidade, é mais saudável estabelecer uma meta de venda que lhe permita ter canetas em estoque até ser gerado saldo de caixa para novas encomendas.

Ainda dentre os possíveis equívocos, pode estar a PRECIFICAÇÃO. Talvez você esteja vendendo bastante, mas tudo a preço de banana. Sem fazer o cálculo para descobrir qual deve ser o valor final das suas canetas, a tendência é vender errado. Legal, mas de como eu chego ao preço certo para vender minhas canetas? Observar os valores propostos pelo mercado é um dos passos, porém nesse link você encontra informações mais detalhadas de como calcular essa estimativa.

Por fim, aqui vai um fator bônus: a INADIMPLÊNCIA. Essa talvez já seja uma velha conhecida sua e o terror da sua empresa. Embora integrante nos negócios, ela nem sempre recebe a atenção merecida, afinal o importante é ter a loja cheia de clientes, certo? Errado. O melhor mesmo é ter movimento de venda e dinheiro no caixa. Nesse ponto, é necessário fazer uma triagem dos bons e maus pagadores e então estabelecer as formas de pagamento permitidas para cada nicho. Dessa forma, você comercializa as canetas com a garantia de receber por elas.

Agora, ciente dos pecados mortais do empreendedorismo, é hora de analisar quais deles você está cometendo e traçar estratégias para corrigi-los. Organizar as finanças e fazer estimativas adequadas é mais fácil do que parece e o resultado faz toda a diferença. Afinal, o objetivo é aumentar a comercialização de modo constante e gerar a sonhada rentabilidade.


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