A importância da guarda compartilhada
Guarda compartilhada
significa divisão igualitária de responsabilidades. Quando a separação se torna
opção inevitável para um casal, a decisão de dividir o tempo da criança entre o
amor, o cuidado, a preocupação e a presença de ambos é importante para manter o
equilíbrio da criação.
Se os pais fizeram
escolhas errôneas, não é justo privar a criança da presença mais frequente
desse ou daquele. A guarda compartilhada, inclusive, deveria ser a regra e não
exceções. Os ensinamentos e a convivência dos pais precisam ser constantes na
vida do filho, na mesma medida. Ainda que as vidas mudem.
Porém na prática, no
Brasil os pais são os mais prejudicados pelo distanciamento dos filhos, pois as
mães são predominantemente responsáveis pela guarda. É o que aponta a pesquisa
Estatísticas do Registro Civil 2011, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística). Naquele ano, em 87,6% dos divórcios, a responsabilidade maior pela
criação das crianças foi conferida a parte materna.
Apesar disso, o estudo
apontou também que o número de casos de guarda compartilhada tem apresentado
crescimento. Em 2001, apenas 2,7% dos casais separados optaram por compartilhar
igualmente a criação dos filhos. Dez anos depois, o número desse tipo de
decisão judicial já era 5,4%.
É evidente que para que
esse tipo de guarda funcione seja necessário haver interação e respeito entre
os pais. Enfrentar possíveis desentendimentos por amor à criança e seguir em
frente sem transferir mágoas e frustrações aos pequenos. Uma situação que exige
ainda mais maturidade do que as relações habituais.
Conforme o ConselhoNacional de Justiça, a guarda compartilhada pode ser requerida por consenso,
pelo pai ou pela mãe, em ação autônoma de divórcio. Ou ainda decretada pelo
juiz em atenção às precisões do filho ou devido à distribuição de tempo necessária
entre o convívio da criança com o pai ou a mãe.
Com a guarda
compartilhada, o sofrimento tanto dos filhos quanto dos pais acaba sendo
amenizado, pois a criança tem a consciência de que ambos são importantes para
seu crescimento. Não há um mais importante do que o outro. A ciência disso
permite o conforto também dos pais, no período em que terão de estar afastados.
Afinal, as diversas
formas de comunicação por áudio e vídeo facilitam o contato. A conversa entre
pai e filho por telefone, whatsapp ou webcam pode diminuir a distância por
alguns minutos, mas evidencia que um abraço e até uma bronca também são
fundamentais para manter o vínculo familiar.
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