Programe-se, mas não limite-se
É normal que na idade adulta
precisemos pontuar horários e compromissos, seja de trabalho, estudo ou
pessoais. A organização do nosso tempo e a definição de metas e propósitos é
fundamental para que tenhamos alguma ideia sobre o futuro. Todavia, essas pontuações
sobre o que, como e quando fazer, não deveriam subtrair de nós a graça da vida.
A programação dos passos futuros é primordial para o bem estar, desde que não nos
estabeleça limites tão concretos que se tornam intransponíveis.
Algumas pessoas saberão o que
fazer da vida ainda na infância, sem grandes dúvidas ou mudanças e serão muito
felizes em suas decisões. Outras, terão certezas absolutas por um tempo, até os
fatos mudarem os planos e trocarem a ordem das escolhas. Em ambos os casos, ninguém
deveria se martirizar. O fator relevante sobre o que fazer da vida é pensar e
agir sobre. Ainda que amanhã ou depois o que era bom hoje não seja mais.
Afinal, somos seres mutantes e, muitas vezes, a evolução só acontece após a
alteração do rumo.
Não há mal nenhum em almejar
novas oportunidades, em jogar o que é concreto para o alto e se aventurar nas
incertezas do futuro. Nesse caso, apenas pondere, seja responsável mesmo em
meio ao caos, e enfrente as consequências de suas renúncias. Nós temos grandes
projetos, mas os planos de Deus sempre sobressairão aos nossos. Basta confiar. Não
caia no erro de querer apenas aquilo que é comum. Muitas das pessoas com quem convivemos
nos desejarão o mesmo que possuem. Mas aqui vai um conselho: apegue-se naqueles
que te empurram do penhasco e se jogam junto. Do contrário, você corre o risco
de permanecer em um lugar confortável, mas na companhia de gente que só tem uma
visão da vida. Quer coisa mais chata?
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