O outro lado da tecnologia
A tecnologia para meros mortais que não estudam diretamente esse assunto é uma evolução necessária que só traz benefícios a humanidade. Porém para muitos estudiosos e formadores de opinião deveria haver um limite para tanto avanço tecnológico, principalmente porque neste século essa tecnologia não evolui sozinha, mas conjunta com a física quântica e com a ciência o que, nos próximos tempos, pode ser uma união muito perigosa.
Um fato indiscutível é o de
que todo esse avanço que aconteceu com mais intensidade nos últimos 20 anos,
trouxe muito mais benefícios para a população mundial do que prejuízos. A
começar pela proximidade de nações, pela expansão da informação, pela
possibilidade de comunicação e visualização com pessoas que se encontram em
localidades diferentes e até pelo avanço que essa tecnologia trouxe à ciência e
à medicina. Por isso, hoje é difícil acreditar que essa evolução possa um dia
fazer mais mal do que bem ao ser humano.
Entretanto, está mais do que
provado que o homem não conhece limites e que tem ânsia por descobrir
o novo, o desconhecido. E é onde o problema começa, já que a cada dia que passa
cientistas, físicos, tecnólogos e astronautas contribuem mais para essa
evolução.
Um exemplo disso é uma nova
tecnologia chamada Nanotecnologia, uma forma de criação de átomos e
nanopartículas* que poderão, nos próximos 20 anos, construir qualquer coisa que
se deseje, ou seja, através de uma máquina com o tamanho de um forno elétrico
será possível criar tudo, livros, alimentos, equipamentos eletrônicos e quem
sabe, até um ser humano. Tudo porque essa tecnologia criará átomos, que sabemos
ser uma partícula invisível, mas que compõe qualquer coisa existente no
universo.
E o que esse progresso poderá
trazer de ruim? Num mundo onde todos têm o que precisam, ou pelo menos o básico
– já que alguns desses estudiosos da Nanotecnologia acreditam que ainda haverá
os mais ricos devido ao sistema de cobrança e o preço da máquina – não haverá
toda essa exorbitante diferença social e todos terão uma boa condição de vida
se comparada com a situação atual.
E apesar de haver alguns
cientistas que acreditam que isso ocorrerá realmente apenas no fim do século
XXI, ainda assim é uma evolução assustadora. Imaginar todo esse poder nas mãos
de qualquer pessoa, boa ou má, já abre por si só muitas discussões polêmicas.
Comprar uma maquina, que por mais alto que seja seu preço ainda compensará e
partir daí não precisar comprar mais nada, apenas apertar um botão que fará
tudo o que quiser, teoricamente parece a melhor ideia que o homem já
teve, porém se não precisarmos comprar mais nada, para que
trabalharíamos?
Ou para que teríamos relações
sociais se tudo que quiséssemos estaria dentro de casa? Ou ainda para que se
reproduzir se posso ter um bebe apenas apertando um botão? Isso sem falar que o
avanço da medicina fará com que nanopartículas vivam em nossos corpos
e destruam tudo que lá possa existir de ruim e construa o que nosso organismo
precisar para uma saudável longevidade.
Enfim, será que o homem
precisará de tanta evolução e, ao te-la saberá o que fazer com ela? Será feliz?
Ou o que descobrimos até agora já é o suficiente para que vivamos melhor do que
qualquer um dos nossos antepassados? Independentemente das respostas dessas
perguntas uma coisa é certa: O homem não desistirá de descobrir o novo, até que
consiga descobrir sua própria destruição.
* Nanopartículas: moléculas 90 mil vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo.
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